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Arcano O Julgamento

Atualizado: 25 de out. de 2024




Eu sou a anunciação, o chamado ressoante,

o som forte das trombetas acordando os despertos.

Venho chamar os preparados, os que já fizeram as malas

- muitos de prontidão para a transição planetária.

Mas, calma, ninguém será esquecido, não há exclusão ou banimento;

a mudança não é extraterrestre, é um limiar de consciência.

 

Não sou o apocalipse, nem o juízo final. Sou o fim do prejuízo, o fim do adiamento,

o que tinha que ser pago já foi cobrado: sou a lei do retorno aplicada.

 

Sou o Julgamento, o guardião do portal, de olhos abertos às portas que você fechou.

Já é hora de sair da mortificação, soltar karmas e amarras de estimação,

jogar fora pesos que te enterram e venenos que sufocam.

Pactos e acordos não-cumpridos, já estão curtos e não te prendem mais.

 

Eu, o Julgamento, sou a ex-pressão do compromisso:

uma pressão que já não é mais, uma não-pressão, a liberação.

Não tenho nomes na lista, nem mesmo tenho lista de preferidos ou preteridos.

Todos são bem-vindos, o chamado é para todos – mas, você aceita?

 

Não sou o perdão ou a absolvição.

Olhe para seu autojulgamento. O juiz rigoroso não é Deus, é você!

Deus não te perdoa porque não te castiga. Você é quem se condena sem defensoria.

Eu te vejo na defensiva, desconfiado do céu ser bom demais para você.

Só aceita e vai. O convite é vitalício: não requer traje à rigor,

nem traje certo, nem rigor demasiado;

não é festa nem encontro, é retorno para a casa!

A casca não importa, sinta-se confortável de corpo e alma.

 

Eu sou o momento de intervenção divina, a mudança de dimensão.

Eu sou o soar da sirene, o alarme do fim do recreio:

hora de voltar à aula para aprender um pouco mais.

Sou o tempo tão esperado mas, que quando chega, poucos acreditam.

Sou seu lado iluminado que ascende à outra realidade.

Não uma vida nova, e sim, a mesma vida, a linha contínua de uma narrativa evoluída.

 

Eu, o Julgamento, sou o momento em que a vida te convida a um salto na Matrix;

mas essa parte da jornada se parece com uma escada:

não é elevador, são degraus em espiral.

Como um turbilhão de purificação você sobe,

embora pareça estar no mesmo lugar:

a evolução não é para cima, é para dentro.

 
 
 

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