Buscar
- Lucelia Oshiro
- 1 de dez. de 2023
- 1 min de leitura
A poesia é assim nômade
vai de folha em folha
e em várias palavras se faz
fazendo de conta que se esconde
quando na verdade se revela
em tudo - do feio ao belo.
Essa tal poesia
vive na alma escondida
discreta à espreita
de um lugar onde pousar
e, muito dona de si, se espalhar
e manchar de versos diversos
as páginas em branco.
Onde quer que ela pouse
é morada temporária
ela mesma não acaba, não morre.
A poesia vai
e volta
e vira e mexe
reaparece. Quer dizer,
não é ela que some,
é a gente que a esquece.


