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A poesia é assim nômade

vai de folha em folha

e em várias palavras se faz

fazendo de conta que se esconde

quando na verdade se revela

em tudo - do feio ao belo.

Essa tal poesia

vive na alma escondida

discreta à espreita

de um lugar onde pousar

e, muito dona de si, se espalhar

e manchar de versos diversos

as páginas em branco.

Onde quer que ela pouse

é morada temporária

ela mesma não acaba, não morre.

A poesia vai

e volta

e vira e mexe

reaparece. Quer dizer,

não é ela que some,

é a gente que a esquece.

 
 

Onde Nasce o Futuro, por Lucélia Oshiro

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