top of page

A poesia está mais perto

do que você imagina

e é mais fácil

do que você pensa.

Ou, talvez, nunca tenha pensado...

porque a poesia é o invisível

que pode ser visto no espelho

quando você se olha -

não de qualquer jeito,

mas de verdade -

e, sem vaidade, vê beleza,

vê doçura, vê sabedoria.

Todo dia você vê poesia

no espelho quando se olha

frente e verso, verso sem rima

ainda assim,

Poesia!

 
 

A poesia é assim nômade

vai de folha em folha

e em várias palavras se faz

fazendo de conta que se esconde

quando na verdade se revela

em tudo - do feio ao belo.

Essa tal poesia

vive na alma escondida

discreta à espreita

de um lugar onde pousar

e, muito dona de si, se espalhar

e manchar de versos diversos

as páginas em branco.

Onde quer que ela pouse

é morada temporária

ela mesma não acaba, não morre.

A poesia vai

e volta

e vira e mexe

reaparece. Quer dizer,

não é ela que some,

é a gente que a esquece.

 
 

Hoje em dia, ouve-se falar muito sobre a busca por propósito, a missão de vida, o que faz o olho brilhar. As pessoas estão despertando para uma nova época em que dinheiro não é mais suficiente para comprar sonhos.


As pessoas estão compreendendo o valor do tempo, sobretudo o valor da presença; a humanidade está mais consciente e tentando fazer um movimento contrário ao que vinha sendo feito: ao invés de ir atrás de grandes realizações, as pessoas estão confiando na intuição e indo à frente para serem a própria realização: a realização de si mesmos.

Não é fácil sair da zona de conforto, desafiar padrões que até há pouco tempo pareciam fazer sentido. Mas, de repente, algo parece destoar e você começa a notar que as emoções estão confusas. E elas te empurram para uma zona de confronto, e você não tem outra opção senão lutar a luta, jogar o jogo.

Você se sente incompleto, como se faltasse algo no seu sorriso: é um sorriso com uma felicidade pela metade, sem muita convicção, porque falta a certeza de ser você em toda sua potência. O motivo? Lá vai: a pessoa mais importante da sua vida, aquela com quem você convive há tantos anos, que não se importa de te ver desarrumado, que te suporta mesmo mal-humorado, essa pessoa você mal conhece.


Você a vê todo dia no espelho, mas é um desconhecido: você não conhece seus sonhos, e ele esconde bem todos os seus medos; você não sabe quais são seus talentos, então você foge do assunto e finge que tudo está resolvido.

Mas não está... Então você fica tentando acertar, ponderando qual a resposta certa, qual a escolha mais acertada, como se fosse um teste de certo e errado, e ainda com “pegadinhas” para te confundir. Você hesita, o medo de errar te paralisa; mas pior do que escolher errado é não escolher, pois isso é esnobar o livre-arbítrio. Pense: o simples fato de poder escolher já é maravilhoso!


E, de verdade, a sua escolha você já sabe qual é, você nasceu sabendo, embora tenha se esquecido temporariamente. Mas a vida sempre dá um jeito de falar com cada um de nós e nos lembrar. Para cada pessoa ela tem uma abordagem, um tom de voz, um jeitinho, e se não vai pelo amor, vai pela dor.


As duas maneiras são igualmente difíceis, porque toda mudança é um desafio. Toda mudança implica deixar algo, abrir mão, assim as mãos ficam livres para receber outra coisa. Enquanto seu coração estiver cheio de sonhos, suas mãos nunca ficarão vazias.

O ponto é que há que se desmistificar a ideia de que o propósito de vida é um segredo trancado a sete chaves em um lugar tão profundo que você precisa passar uma vida inteira se aventurando nessa descoberta. É bem mais simples do que isso.


Você encontra seu propósito de vida quando para de se perguntar “o que vou ganhar com isso” e passa a enxergar “o que você pode dar ao mundo”. Quando você assume que você se basta: seu propósito de vida é ser quem você é, simples assim, sem floreios ou receios. Não é tão complicado... você só precisa simplificar-se!


 
 

Onde Nasce o Futuro, por Lucélia Oshiro

©2018 by lucelia oshiro. Proudly created with Wix.com

bottom of page